Tá, eu sei que esse assunto não é nada atraente. Ficha de leitura… só de pensar dá vontade de espirrar, porque logo lembro de papéis amarelados, entupidos de ácaro e técnicas da época do tcc batido na máquina de datilografia. Além disso, as malditas fichas de leitura fazem a gente pensar naquelas malfadadas aulas de português em que o exercício era fichar um livro.
Ok. Concordo. Nós e as fichas de leitura começamos com o pé esquerdo. Só que, em favor delas, vamos lembrar do seguinte: elas são, sem dúvida, um instrumento e tanto para otimizar o tempo e organizar todas as citações e referências de um trabalho acadêmico.
A questão sempre volta no mesmo ponto: disciplina. Não importa tanto assim o método de organização. Cada pessoa tem um jeito de desenvolver o raciocínio, uma forma como se acha e se sente mais produtiva. Isso é particular e, portanto, uma escolha individual. O que não pode acontecer é um artigo, monografia, dissertação ou tese trazerem informações imprecisas ou referências erradas. Falando apenas desse aspecto do trabalho, lógico. Fora isso, a dica é testar e descobrir o jeito que você funciona.
O modelo mais tradicional da ficha de leitura é este:
Referência correta:
AUTOR, Sobrenome do autor. Título da obra. 1. ed. Editora: cidade, ano.
(Exemplo de referência simples. Cada tipo de obra tem uma forma de referenciar, conforme normas ABNT)
pg. n. | Assunto | Comentário | Citação |
número da pg da obra | Colocar aqui o assunto chave da citação | Comentar com as suas palavras o entendimento ou insight sobre o trecho lido. | Copiar aqui exatamente o trecho da obra que chamou atenção. Mantém exatamente igual, mesmo que esteja errado. |
Pronto! Só colar esta tabela em um editor de texto e seguir o baile. Abra o material de leitura, faça a referência, leia e anote. Depois, é só levar as leituras e anotações para o trabalho de conclusão. Faça um arquivo para cada obra e seja feliz.
Bem tradicional, né? É um modo bem legal para quem faz as suas leituras com um pc por perto. Só que estamos na era do smartphone, com uma série de tecnologias na palma da mão e zilhões de apps para tudo que possamos imaginar.
Antes de escrever este post, pesquisei e testei apps buscando um do tipo “revolucionário” para fichamento de leitura. Não tem. Em compensação, existe uma abundância de aplicativos de notas que permitem incluir texto, foto, gravação de áudio, etiquetar as anotações etc.
Achei muito interessante o novo Google Keep. Interface simples, organização lógica e as anotações podem ser acessadas de qualquer dispositivo. Por exemplo: se você estiver lendo uma obra, basta criar uma nova nota, fotografar a página e escrever o comentário. Depois, você pode acessar as anotações pelo próprio celular ou no computador, usando uma conta Google. As anotações são sincronizadas automaticamente quando o telefone estiver conectado à internet.
Tem o Evernote também. É um app de notas bem famoso – e poderoso.Além disso, qualquer smartphone conta com aplicativos para anotações simples, editores de textos como word, Google Docs e uma infinidade de recursos que irão permitir manter tudo em dia do início ao fim do trabalho de conclusão.